És Feliz no Teu Trabalho? A maioria até está satisfeita na maior parte do tempo, mas se não precisassem de trabalhar, faziam as contas e dedicavam-se ao que realmente gostam

No processo de preparar este projecto do blog MUDAR DE VIDA destinado a quem está insatisfeito com o trabalho actual, a quem procura uma nova carreira ou a carreira certa, decidi criar um pequeno inquérito para averiguar o nível de FELICIDADE NO TRABALHO das pessoas que respondessem (obtive um total de 50 respostas). Divulguei-o através da minha página do facebook, foi feito de uma forma informal, portanto a amostra é de pessoas minhas amigas, conhecidos da minha rede, logo não é de todo representativa de um panorama nacional. No entanto, é de certeza tudo muito boa gente e deu para tirar conclusões interessantes que passo a divulgar.


CONCLUSÕES

POSITIVAS: 

- A grande maioria dos respondentes trabalha na área para a qual estudou - sinal de investimento bem empregue; 
- Quase metade faz no momento o que sempre quis fazer; 
- 45% dos respondentes estão mais que felizes na profissão que têm e consideram que estão a contribuir para ajudar os outros; 
- Mais de 60% sente-se bem e muito bem no seu local de trabalho relativamente às suas tarefas; 
- Grande parte dos respondentes está no actual trabalho porque é bem remunerado, adora o que faz, o ambiente, os colegas e até o chefe!; 
- 23% continuaria a trabalhar no actual emprego mesmo que não precisasse do ordenado para subsistir; 
- Metade dos inquiridos não está a pensar mudar o rumo profissional; 
- Uma percentagem elevada revela que se sente bastante confiante relativamente ao seu futuro profissional, que estão na área certa para crescer ou que confiam que algo melhor irá aparecer, e que lutam para fazerem o que gostam; 
- 63% reconhece a importância de ter apoio num processo de mudança de carreira, o que revela força e vontade em lutar pelos sonhos e alcançar o sucesso profissional e pessoal pretendido.


MENOS BOAS: 

- 28% não trabalha na área para a qual estudou;
- Mais de metade não trabalha no que sempre desejou fazer;
- Mais de 30% sente na maior parte do tempo indiferença pelo trabalho que realizam - estão lá pelo dinheiro, para ganhar currículo, e 2% odeiam mesmo o que fazem;
- 38% odeiam e não gostam na maior parte das vezes do trabalho que fazem, do ambiente, etc;
Grande parte dos respondentes está no actual trabalho porque precisa do dinheiro, para aumentar currículo, porque ainda não encontraram nada melhor, para estarem ocupados, pelo estatuto e 5% chegam mesmo a dizer que não sabem o que lá estão a fazer!;
- 77% não permaneceria nos actuais empregos se tivessem a subsistência garantida - o aspecto positivo é que escolheriam abrir os próprios negócios, procurar trabalhar na área de eleição, viajar pelo mundo ou dedicar-se ao voluntariado;
- 51% dos inquiridos está a pensar mudar de rumo profissional;
- Há grande percentagem de insegurança face ao futuro profissional: 12% , certamente influenciados pelas notícias frequentes de crise, já fica contente de ter trabalho, outros querem mudar mas não sabem como o fazer ou ainda não têm coragem, outros vêem tudo escuro e sem futuro, há ainda 14% dos que se sentem confusos, sem saberem que rumo tomar;
- 37% diz que não gostaria de ter apoio num processo de mudança de rumo profissional - ou são os que não reconhecem ainda o valor do bem-estar profissional para o bem-estar geral ou os que tiveram preguiça de especificar o tipo de apoio solicitado ao responderem SIM (a minha aposta vai para a segunda hipótese). 


EM SUMA 

Apesar de muitos dos respondentes se sentirem bem com o actual trabalho e de se sentirem bastantes confiantes no seu futuro profissional a crescer onde se encontram (o que me deixa muito feliz e satisfeita por haver tantas pessoas a fazerem o que gostam e a estarem bem na sua profissão) há muitos outros que não estão satisfeitos e se sentem mesmo infelizes com a sua situação profissional.

É impressionante perceber que mais de metade dos inquiridos não trabalha na área que sempre desejou trabalhar. Porque será? A determinada altura desistiram de tentar? Nem chegaram a fazê-lo? Optaram por opções supostamente mais seguras? Acharam que não conseguiam? Muitas vezes as pessoas acham que não têm escolha e vão com a maré. Às vezes é mais fácil.

Quase 40% não gostam nada do que fazem, onde estão e chegam mesmo a odiar. Incrível. Eu sei o que isso é e sei o quão difícil é ter que voltar todos os dias para o mesmo sítio, que não gostamos nada, por acharmos que não temos escolha. As motivações destas pessoas para continuar a aguentar, claro, são práticas - o dinheiro é preciso, querem ganhar currículo, estatuto, não encontram melhor. Mas eu acredito que é possível satisfazer as nossas necessidades práticas a fazer o que se gosta. Não se tem que aguentar porque sim. Até porque a longo prazo nos debilitará muito mentalmente e até fisicamente e porque há de certeza pessoas que seriam muito felizes no nosso lugar, aquele que odiamos. Portanto, vamos a desocupar!

A boa notícia é que se os respondentes por sorte e destino ganhassem o Euromilhões aí teriam a coragem de abandonar o que fazem actualmente. 77% seguiria o seu sonho de abrir um negócio (fico contente com a quantidade de empreendedores sonhadores que há), trabalhar no que sempre quiseram trabalhar, viajar ou fazer voluntariado. Não seria bom poder fazer o que sonham e ter a subsistência assegurada também? Existem pessoas que conseguem fazê-lo, por isso, eu acredito que tudo é possível. Às vezes é apenas preciso um pouco de criatividade, trabalho e vontade.

Outro dado que me impressionou é que 12% já fica satisfeito de ter trabalho, seja bom ou mau. É claro que estamos a passar um período economicamente difícil (bastante potenciado pela comunicação social, na minha opinião), mas a dificuldade na maioria das vezes está na maneira como percepcionamos as coisas. Há imensa gente a prosperar em tempos de crise. Essas pessoas são diferentes, vêem oportunidades onde outras só vêem problemas. A resignação perante uma má situação, para mim, não é a solução.

Por fim, acho de louvar que mais de 60% se interesse por ter apoio numa situação de mudança e para perceber como e para onde mudar. Significa que querem mais e melhor para si mesmos. Fico mais uma vez contente porque é para essas pessoas mesmo que este blog se dirige. Para quem se compromete e acredita que pode MUDAR DE VIDA.



De seguida, aqui ficam os resultados em bruto às 50 respostas do inquérito (que é para não pensarem que vos enganei, não que pensassem isso claro!):


Pergunta 1 - Trabalhas em que área?
Os respondentes são de áreas bem diversas. Na maioria trabalham na área de Marketing, Relações Públicas mas também no Comércio, em Formação e Coaching, no Ensino, em Moda e Imagem, na Saúde, em Informática, na Aviação, na Indústria Alimentar, em Turismo, em Fitness, em Biologia, na banca, em Gestão e na área Audiovisual.

Pergunta 2 - Trabalhas na área para a qual te formaste? (licenciatura, curso profissional...)
SIM - 72% 
NÃO - 28%

Pergunta 3 - Trabalhas na área que queres e fazes o que sempre desejaste fazer?
SIM - 44%
NÃO - 56%
 
Pergunta 4 - Num típico dia de trabalho o que sentes a maior parte do tempo relativamente às tuas tarefas?
- Estou a fazer o que sempre quis. Nasci para isto! - 19%
- Este é um trabalho importante em que posso contribuir para ajudar as pessoas. - 26%
- Este é um trabalho importante que me confere estatuto. - 12%
- É um trabalho bem pago e não me dá muitas chatices. - 9%
- Só estou a fazer isto para ganhar currículo, não é isto que quero fazer o resto da vida. - 21%
- Odeio o que estou a fazer no momento. Tirem-me daqui! - 2%
- Outro, especifica por favor - 12% (outras respostas: "Não gosto do ambiente, da minha chefe e de todos os jogos psicológicos. Não gosto do salário que é ridiculamente baixo..."; "Estou a fazer aquilo que escolhi para ganhar experiência para ter um negócio próprio"; "sinto-me bem e realizada"; "É um trabalho bem pago e que gosto de fazer!"; "Só faço para ter dinheiro de resto não vale grande coisa!".

Pergunta 5 - O que sentes relativamente ao teu trabalho (local de trabalho, tarefas, ambiente...)
- Adoro! - 7%
- Gosto bastante - 26%
- Gosto na maior parte do tempo - 30%
- Vai-se levando, umas vezes pior outras melhor - 33%
- Odeio! - 5%

Pergunta 6 - Estás no teu actual trabalho porque (escolhe todas as que se aplicarem):
- É muito bem pago - 19%
- Não é muito bem pago, mas preciso do dinheiro - 37%
- Adoro o que faço - 26%
- Adoro a empresa onde estou - 28%
- Adoro os meus colegas - 28%
- Adoro o meu chefe - 12%
- Para aumentar currículo - 42%
- Porque ainda não encontrei nada melhor - 35%
- Não gosto de não ter nada para fazer - 21%
- Porque me dá o estatuto que quero - 9%
- Porque me permite fazer algo de útil pelos outros - 28%
- Boa pergunta. O que é que eu estou aqui a fazer?! - 5%
- Outra, especifica por favor - 2% (outra resposta: "gosto do que faço e dá-me experiência")

Pergunta 7 - Imagina que a tua subsistência financeira estava garantida, não tinhas mais que te preocupar em ganhar dinheiro para viver e que, assim, podias escolher fazer o que quisesses para ocupar o teu tempo, sem condicionalismos. Continuarias a fazer o que fazes hoje?
SIM - 23%
Não. O que farias então? - 77% (respostas: a grande maioria abriria um negócio próprio e trabalharia na área que gostam e para a qual se formaram, muitos viajavam pelo mundo e investiriam tempo e dinheiro em voluntariado e projectos de acção social).

Pergunta 8 - Estás a pensar mudar o teu rumo profissional?  
SIM - 51%
NÃO - 49% 

Pergunta 9 - O que sentes relativamente ao teu futuro profissional? (escolhe todas as que se aplicarem) 
- Confiante, estou na área certa para crescer - 43%
- Confiante de que algo melhor há-de aparecer - 43%
- Estou a lutar para fazer o que gosto - 36%
- Isto está tão mau, já fico contente de ter trabalho - 12%
- Quero mudar de rumo, mas não sei como fazer - 7%
- Vejo tudo muito negro e nublado, não há futuro para mim - 5%
- Estou confuso/a e com medo, não sei o que quero fazer da vida - 14%
- Outro, especifica por favor - 7% (outras respostas: "Gosto do que faço e trabalho afincadamente para me manter cá"; "Já tenho um projecto com pés e cabeça, plano financeiro, etc... tudo na cabeça... falta dar o passo seguinte e tratar de tudo!"; "Com contrato a termo, espero que este seja renovado!")

Pergunta 10 - Gostarias de ter apoio num processo de mudança de rumo profissional (por ex.: blog com informação útil, coaching...)?  
NÃO - 37%
SIM. Que tipo de apoio? - 63% (respostas: maioria respondeu coaching, aconselhamento, apoio profissional na área, análise vocacional, blog com informações sobre abertura de negócios e mudança de carreira, e há quem tenha respondido: "TODOS OS POSSÍVEIS!").

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